domingo, 8 de janeiro de 2012

Os fatos acontecem

1 – De Porto Alegre ao Chuí


Por um período equivalente a duas semanas, trocamos São Paulo pelo Rio Grande do Sul, onde estivemos como convidados especiais para as festas de Natal e Ano Novo. A primeira coisa que nos chamou a atenção foi o Terminal Aeroviário de Porto Alegre, ponto de grande importância para o embarque e desembarque de milhares de visitantes.  Na Capital, o Turismo é bem desenvolvido, com bons Hotéis, gastronomia variada e pontos tradicionais para serem vistos e visitados, em ônibus especiais ou Taxis que prestam serviços com a bandeirada inicial de R$3,75.

2 – No trânsito, respeito ao pedestre


Não só em Porto Alegre, mas também em várias cidades do interior, existe muito respeito ao pedestre. O Taxista de um modo geral é bastante cuidadoso, evitando excesso de velocidade. De acordo com nossas observações, quem dirige se preocupa muito com o que aparece à sua frente, conduzindo o veículo com cuidado e observância da sinalização de trânsito. Mas também com certa cautela ao cruzar a via pública para evitar o avanço sobre as faixas de proteção ao pedestre, principalmente idosos, pessoas portadoras de deficiência, crianças e mulheres em estado de gestação ou conduzindo carrinhos e bebês de colo.

3 – Preservação das áreas verdes 


Por incrível que pareça, o Rio Grande do Sul é um dos estados brasileiros que mais se preocupa com a preservação ambiental. Desde a Capital até o interior, o que mais se vê são extensas áreas verdes formando um patrimônio ambiental, com arborizações feitas pelos próprios moradores. Existe até mesmo uma Rua (Gonçalo de Carvalho) que desde 2006 foi classificada como a mais bela do mundo, pelas suas características históricas, culturais e ecológicas. E nós estivemos lá para comprovar, percorrendo-a de ponta a ponta. É uma maravilha que também se vê  no entorno de várias cidades do interior do Rio Grande. Apenas um senão: no trecho que percorremos não se vê árvores frutíferas, tanto nas cidades como nas faixas lindeiras às margens das rodovias. 

4 – Uma "cortesia" que não existe

Habituados com o comportamento de algumas cidades de São Paulo – especialmente na região de Presidente Prudente – que adotamos há mais de 70 anos, não vimos em lugar algum a costumeira cortesia de oferecer água mineral e cafezinho aos visitantes. Somente na Agência dos Correios em Porto Alegre é que tivemos o privilégio de tomar água num Bebedouro destinado a alguns visitantes. Cafezinho ou Água Mineral, só pagando muito caro, de R$2,00 a R$2,50 por um xícara ou por uma garrafinha de 500 ml de Água Mineral.

5 – População equivalente a Prudente


A partir do segundo dia de permanência em terras gauchas, fomos conhecer Rio Grande, famosa pela sua Universidade/FURG e Museu Oceanográfico. É a cidade mais antiga do sul do país e está numa fase de intenso desenvolvimento devido às grandes obras da Engenharia Naval, construção de Plataformas do Pré-Sal e a participação direta das maiores empresas especializadas, nacionais e internacionais, com o apoio da Petrobras. Além disso, o Turismo encontrou na Praia do Cassino seu maior ponto de referência, ante a existência da maior e mais extensa praia do mundo, com a presença constante de turistas do Brasil e do Exterior.  A população do município se equipara à de Presidente Prudente com mais de 200 mil habitantes.

6 – Agricultura em situação instável


Em contraste com as intensas chuvas da região sudeste do Brasil, o Rio Grande do Sul está vivendo um clima de instabilidade provocado pela longa estiagem que dura mais de dois meses, deixando centenas de municípios em situação de emergência. Com exceção do trecho que vai de Camaquã a Pelotas e Rio Grande, que mostra extensas áreas de cultivo de arroz em torno dos banhados, nada mais se vê ao longo das rodovias, a não ser vegetação típica dos cerrados e nenhuma outra cultura. A água também começa a escassear devido à falta de chuvas.

7 – Grandes atrativos turísticos 


Quem sai do interior de São Paulo ou de outros Estados – como foi o nosso caso -  o melhor trajeto deve ser feito em menor tempo, isto é, por via aérea. Existem ônibus que fazem o longo percurso em 2 ou 3 dias. Mas por voos diários S.Paulo-Porto Alegre, a distância parece mais curta e a viagem dura pouco mais de duas horas. De Porto Alegre a Rio Grande, existe uma demora de pelo menos 4 horas e mais 2 horas e meia até alcançar o ponto extremo do país, o Chuí, na fronteira com o Uruguai. As maiores atrações turísticas (incluindo religioso), são encontradas em Porto Alegre, Gramado, Pelotas, Serras Gaúchas e Rio Grande com a Praia do Cassino que é a maior do mundo. Lá ninguém pode perder a oportunidade de realizar passeios em troles denominados Molhes da Barra, numa extensão de 4 km – subindo ou descendo – margeando o canal navegável.

8 – Chuí, a última etapa de uma viagem 



O brasileiro de forma geral já ouviu a expressão: Do Oiapoque ao Chuí. Mas com toda certeza, apenas alguns sabem definir as posições geográficas desses dois pólos de desenvolvimento nacional. Para quem conhece o sul do país, é indispensável saber onde fica o Chuí: na linha demarcatória de uma fronteira entre o Brasil e o Uruguai. Mas provavelmente o interesse brasileiro falou mais alto, e a principal artéria comercial que divide os dois países recebeu a denominação de Avenida Brasil. A exemplo de cidades mais próximas, o combustível é dos mais caros: Etanol R$2,47 e gasolina R$2,97 o litro. Do lado uruguaio, as Lojas estão sempre superlotadas e seus produtos importados em sua totalidade são vendidos a peso de dólares ao câmbio do dia, atraindo milhares de brasileiros.

Um comentário:

  1. Maravilhosa descrição das coisas boas do Sul. parabéns, amigo Altino! Bom rever você e a linda família numa dessas fotos.

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