Resgate histórico: As primeiras e maiores indústrias extrativas da região de Presidente Prudente

As Indústrias Reunidas Francisco
Matarazzo, sediadas na V. Marcondes
tiveram papel preponderante na
história e no desenvolvimento da
região de Presidente Prudente.
Rancharia, Pres.Prudente e Presidente
Venceslau foram contempladas com esse
grande complexo industrial.   

A SANBRA - Sociedade Algodoeira
do Nordeste Brasileiro S/A - também
figurou entre as pioneiras, com atuação destacada na compra,
beneficiamento e industrialização do algodão e amendoim. Foi a indústria
de maior atuação regional, juntamente com a Anderson Clayton - a primeira - que se implantou em dez cidades da Alta Sorocabana.

Num ponto estratégico, na saída para os Distritos de Montalvão, Floresta e Eneida instalou-se a Indústria Esteves Irmãos S/A durante a década de 50. Com a deficiência de matéria prima (Algodão), a Indústria como as demais, encerrou   suas atividades. Atualmente, a área é ocupada por uma Indústria Metalúrgica do Engº João Carlos Marcondes.

Nossos leitores e seguidores têm nos cobrado - com certa razão - informações mais detalhadas sobre as grandes indústrias extrativas de Óleos Vegetais que se implantaram nesta região, com maior ênfase no período de 1955 a 1965. Levantando arquivos e a memória fomos buscar subsídios entre alguns dos mais antigos, assim como informações fidedignas deixadas por historiadores. Entre eles, o saudoso Prof. José Ferrari Leite em seu livro:"A Alta Sorocabana e o espaço polarizado de Presidente Prudente". A esse precioso relatório, incorporamos dados coletados pela Profª. Ana Cláudia Dundes, em sua defesa de Mestrado pela Unesp em 1998. Diz a Professora que foi no período de 1937 a 1983 que as indústrias beneficiadoras, originárias de alguns centros industriais de descaroçamento e moagem de algodão, mamona e amendoim se implantaram nesta região.

Na primeira fase, aqui se instalaram indústrias como: a Continental Gin Co (1935); Anderson Clayton (1937); Indústrias Matarazzo (1937) e Mc Fadden que funcionava ao lado esquerdo da Anderson Clayton na Vila Maristela (1939). O ápice dessas industrias se deu durante a 2ª Guerra Mundial e não se pode deixar de salientar que as atividades agrícolas nessa época, tiveram  papel  importantíssimo para a expansão das atividades industriais. A região  de Presidente Prudente abrigava várias indústrias de capitais externos, cujo objetivo era o processamento ou beneficiamento de algodão, amendoim e mamona. De conformidade com esse levantamento a primeira indústria que reunia maior número de unidades regionais era a Anderson Clayton (16), seguida pela SANBRA (13). Em 3º lugar a Cia.Saad do Brasil, que funcionava à margem direita da ferrovia, na área atual de estacionamento e de uma unidade das Faculdades Toledo. 

No âmbito regional nesse importante período da história industrial paulista, com um total de 52 empresas, 29 funcionavam na região de Presidente Prudente. E envolvia além desta grande cidade, as seguintes: Rancharia, Regente Feijó, Pirapozinho, Santo Anastácio e Presidente Venceslau, onde o cultivo do Algodão representava a mais importante atividade rural. Com a decadência dessa cultura, 44% das indústrias que funcionavam em 1955 encerraram suas atividades. Em substituição veio o Amendoim , tendo nova abertura de pequenas e médias indústrias, não só em Presidente Prudente, mas também em outras localidades. Entre elas Álvares Machado e Iepê. Além da Anderson Clayton, SANBRA, Mc Fadden, Saad do Brasil, Matarazzo, Esteves e Irmãos, Wooley e  Dickson, J.B.Duarte,    Volkart Irmãos, Braswey, Lotus, Cook e Cia, CIOVE, Coop. de Cotia, Cia.Latino Americana, Cia. Nacional de Estamparias, Algodoeira do Sul e outras que deixaram de existir.  

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