sábado, 21 de setembro de 2013

O que será feito do antigo Hotel Municipal de Pres.Prudente ?

Segundo o Prof.Dr.Hélio Hirao (Deptº
de Arquitetura e Urbanismo/Unesp),
este Edifício não foi construído para
sediar o Hotel Municipal, mas uma
Casa de Saúde. Ao ser anunciado
o tombamento ao Patrimônio histórico,
o prédio foi derrubado e acabou se
transformando em ruína, em pleno
centro urbano da cidade.  
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 Rua Dr.Gurgel/Centro - 3 fases. 
   O Hotel Municipal passou por várias fases, desde o anúncio de "tombamento" ao Patrimônio histórico.
Este é o aspecto atual do prédio quase centenário de Pres.Prudente, que poderia ter sido restaurado. Mas não foi.
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Em menos de quatro anos, Presidente Prudente estará comemorando seu Centenário de fundação. Por antecipação, os estudiosos e historiadores buscam subsídios a fim de saber o que deve ser mostrado como referência de um desenvolvimento arrojado que começou em 1917; e a primeira escolha recai na seleção das edificações. A olhos vistos, o antigo Hotel Municipal é sempre a primeira lembrança, mesmo porque uma placa com os dizeres: ALUGA é vista periodicamente no local de uma obra inacabada. Para conhecer a história é recomendável recorrer ao Google/Internet e ler o trabalho de pesquisa realizado em 2010 por Giuliana G.Bernardi e Hélio Hirao (FCT/UNESP) sob o título: "O antigo Hotel Municipal de Presidente Prudente - Demolição do Edifício e descaracterização da paisagem do centro histórico".

Após uma avaliação geral (referindo-se ao Hotel Municipal), o documento diz que "um dos edifícios relevantes para a preservação do caráter e integridade desse recorte espacial - que se descaracterizou -virou ruína e atualmente tem o corpo principal substituído por outro, sem nenhuma referência à memória da anterior. Desta forma, é vista como uma fratura no espaço e não como continuidade dele". E acrescenta: Presidente Prudente se formou com o avanço dos trilhos da Estrada de Ferro, incorporando o Oeste Paulista à dinâmica da economia cafeeira. Vários núcleos urbanos surgiram nesse processo e apresentam características similares. Este estudo - dizem os autores da pesquisa -  realiza um levantamento da história da edificação do Hotel Municipal, ao longo do tempo visando compreender seus significados no contexto urbano de Presidente Prudente.

 Concluindo: "O edifício do antigo Hotel Municipal foi parcialmente destruído quando o CONDEPHAT (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Município), no fim dos anos 1990 aventou a possibilidade de seu tombamento. Antes que o processo se iniciasse, o prédio teve a parte principal de seu corpo destruído, como meio de impedir sua inscrição no Livro do Tombo (Bernardi 2010). O processo de valorização vinculado ao Mercado Imobiliário, a falsa compreensão de que o tombamento congela o edifício, não permitindo adequações a usos atuais e o menosprezo pelo antigo em relação ao novo conduziram a uma atitude precipitada como essa. Por alguns anos, o edifício permaneceu como ruína". 

O trabalho de pesquisa cita ainda: Apenas paredes externas, que ainda caracterizavam a construção e um Estacionamento descoberto de Automóveis ocupam parte do lote. Atualmente uma construção - sem relação com a anterior - surge em substituição, comprometendo o caráter e integridade da edificação e do Centro histórico de Presidente Prudente.

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5 comentários:

  1. Talvez serveria pra cultura artesao de prudente um local próprio e comercial aproveitando apenas a faixada original e por dentro uma ,cooperativa com Box pra todos

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  2. Talvez serveria pra cultura artesao de prudente um local próprio e comercial aproveitando apenas a faixada original e por dentro uma ,cooperativa com Box pra todos

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  3. A que pé esta o tombamento do hotel municipal em Presidente prudente se tem como sugerir um destino de apropriação da prefeitura com fins de um centro cultural pros artesao tipo

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  4. Trabalhei neste hotel na minha adolescência, entre 1965 a 1969, cujo proprietário era o português José Maria Gonçalves, que era comandado também pelas suas filhas, Zélia e Eulália, ambas casadas à época. Muita coisa aprendi com o Sr. Gonçalves, que me chamava de Menino. Meu primeiro salário era de Cr$ 13.500,00 (Treze mil e quinhentos cruzeiros), mas recebi 20 mil!, com quarenta notas de 500 cruzeiros. Quantas lembranças boas e agora vejo o hotel nessas condições, é de se imaginar o quanto o poder público "preocupa-se" com a cultura patrimonial. Aliás, prefeitos e vereadores sabem o que isso? Prof. Arnaldo Rodrigues Menecozi, há 43 anos em Campo Grande.
    OBS. Não sei se na data de hoje já realizaram o tombamento (cultural) do prédio.
    Abraços a todos

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