Rua Dr.Gurgel/Centro - 3 fases. |
Em menos de quatro anos, Presidente Prudente estará comemorando seu Centenário de fundação. Por antecipação, os estudiosos e historiadores buscam subsídios a fim de saber o que deve ser mostrado como referência de um desenvolvimento arrojado que começou em 1917; e a primeira escolha recai na seleção das edificações. A olhos vistos, o antigo Hotel Municipal é sempre a primeira lembrança, mesmo porque uma placa com os dizeres: ALUGA é vista periodicamente no local de uma obra inacabada. Para conhecer a história é recomendável recorrer ao Google/Internet e ler o trabalho de pesquisa realizado em 2010 por Giuliana G.Bernardi e Hélio Hirao (FCT/UNESP) sob o título: "O antigo Hotel Municipal de Presidente Prudente - Demolição do Edifício e descaracterização da paisagem do centro histórico".
Após uma avaliação geral (referindo-se ao Hotel Municipal), o documento diz que "um dos edifícios relevantes para a preservação do caráter e integridade desse recorte espacial - que se descaracterizou -virou ruína e atualmente tem o corpo principal substituído por outro, sem nenhuma referência à memória da anterior. Desta forma, é vista como uma fratura no espaço e não como continuidade dele". E acrescenta: Presidente Prudente se formou com o avanço dos trilhos da Estrada de Ferro, incorporando o Oeste Paulista à dinâmica da economia cafeeira. Vários núcleos urbanos surgiram nesse processo e apresentam características similares. Este estudo - dizem os autores da pesquisa - realiza um levantamento da história da edificação do Hotel Municipal, ao longo do tempo visando compreender seus significados no contexto urbano de Presidente Prudente.
Concluindo: "O edifício do antigo Hotel Municipal foi parcialmente destruído quando o CONDEPHAT (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Município), no fim dos anos 1990 aventou a possibilidade de seu tombamento. Antes que o processo se iniciasse, o prédio teve a parte principal de seu corpo destruído, como meio de impedir sua inscrição no Livro do Tombo (Bernardi 2010). O processo de valorização vinculado ao Mercado Imobiliário, a falsa compreensão de que o tombamento congela o edifício, não permitindo adequações a usos atuais e o menosprezo pelo antigo em relação ao novo conduziram a uma atitude precipitada como essa. Por alguns anos, o edifício permaneceu como ruína".
O trabalho de pesquisa cita ainda: Apenas paredes externas, que ainda caracterizavam a construção e um Estacionamento descoberto de Automóveis ocupam parte do lote. Atualmente uma construção - sem relação com a anterior - surge em substituição, comprometendo o caráter e integridade da edificação e do Centro histórico de Presidente Prudente.
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Talvez serveria pra cultura artesao de prudente um local próprio e comercial aproveitando apenas a faixada original e por dentro uma ,cooperativa com Box pra todos
ResponderExcluirTalvez serveria pra cultura artesao de prudente um local próprio e comercial aproveitando apenas a faixada original e por dentro uma ,cooperativa com Box pra todos
ResponderExcluirA que pé esta o tombamento do hotel municipal em Presidente prudente se tem como sugerir um destino de apropriação da prefeitura com fins de um centro cultural pros artesao tipo
ResponderExcluirTrabalhei neste hotel na minha adolescência, entre 1965 a 1969, cujo proprietário era o português José Maria Gonçalves, que era comandado também pelas suas filhas, Zélia e Eulália, ambas casadas à época. Muita coisa aprendi com o Sr. Gonçalves, que me chamava de Menino. Meu primeiro salário era de Cr$ 13.500,00 (Treze mil e quinhentos cruzeiros), mas recebi 20 mil!, com quarenta notas de 500 cruzeiros. Quantas lembranças boas e agora vejo o hotel nessas condições, é de se imaginar o quanto o poder público "preocupa-se" com a cultura patrimonial. Aliás, prefeitos e vereadores sabem o que isso? Prof. Arnaldo Rodrigues Menecozi, há 43 anos em Campo Grande.
ResponderExcluirOBS. Não sei se na data de hoje já realizaram o tombamento (cultural) do prédio.
Abraços a todos