A grafitagem também figurou no IBC |
Automóveis antigos na 1ª Exposição. |
A partir de 2010: o Salão do Livro. |
"O galpão do IBC não é uma estrutura banal, mas uma verdadeira obra de arte de Engenharia, que merece ser conservada". A declaração é do Arquiteto e Designer, Cleyber Luciano Vieira, do SENAC. |
Aspecto atual de uma parte da estrutura de sustentação implantada pela Engenharia Inglesa na década 40. |
Dotado de toda infraestrutura o Centro de Eventos IBC (Vila Furquim), ocupa espaço equivalente a 5.000 m2 com utilização voltada aos grandes eventos sociais da cidade, prestes a comemorar seu 1º Centenário em 2017.
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Um grande galpão construído pelos ingleses na 1ª metade do Século XX entrou para a história de Presidente Prudente como a principal edificação de madeira - totalmente encaixada - conservada e preservada pelos aspectos que a caracteriza. Trata-se do Centro de Eventos IBC, situado na Vila Furquim e a partir de agora entra num processo de restauração e revitalização, conforme deliberação do Poder Público Municipal. O espaço é amplo (5.000 m2) e sua estrutura é digna de registro, segundo afirmação do ex-Coordenador da Operação Café, em ação conjunta com a Policia Federal no Estado de São Paulo, Benedito do Carmo Pinto, aposentado e atualmente com 73 anos de idade. Já o Arquiteto e Designer Cleyber Luciano Vieira (do SENAC), é de opinião que "o galpão do IBC não é uma estrutura banal, mas uma verdadeira obra de arte da Engenharia, que merece ser conservada".
Quando assumi a coordenação e Planejamento no combate ao contrabando de café em Dezembro de 1959 - diz o ex-Coordenador Benedito do Carmo Pinto - o galpão já era ocupado pelo Estado como Depósito de Algodão. Mas devido à uma ação do Exército na fronteira do Paraguai, foram apreendidas 4 mil sacas de café. E todas elas vieram para o Galpão do DNC em Presidente Prudente, transformado posteriormente em IBC. Outras apreensões totalizando cerca de 1 milhão de sacas de café foram feitas nessa operação, utilizando vários Depósitos; entre os quais o que existe até hoje nesta cidade. Na época, o que mais chamou a atenção foi a estrutura de madeira encaixada na cobertura de toda a extensão do grande Galpão, utilizando também folhas de flandres (zinco), com isolamento térmico para impedir o aquecimento da área - disse.
Conversando com o Arquiteto Cleyber Luciano Vieira - docente do curso Design de Interiores no SENAC de Presidente Prudente - fomos orientados que nos Séculos 16, 17 e 18 produziram-se verdadeiras obras primas arquitetônicas, tanto do ponto de vista da concepção, como da construção de estruturas em madeiras. E os Carpinteiros eram os artífices mais importantes na construção de edificações, passando seus conhecimentos de geração em geração. O desenvolvimento tecnológico de hoje nos permite reabilitar o uso da madeira nas construções, sendo praticamente sinônimo de "sustentabilidade"; seja utilizando técnicas mistas, colagens e outros. Porém, edifício histórico é aquele que nos proporciona um sentimento de admiração e nos faz querer saber mais sobre o povo e a cultura que o produziram.
De conformidade com o pensamento do Arquiteto "fomos brindados com o galpão do IBC" e como diria Caetano Veloso: uma poesia concreta que merece ser conservada e o prédio reabilitado para servir à realização de eventos sazonais dentro da programação cultural de nossa cidade, com maior conforto e segurança, sendo nosso dever, reunir, incluir e aprofundar maiores dados sobre o assunto.
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