Antes, era apenas uma ave. Seria o filhote, que veio acompanhado da mãe e do pai que vieram depois para constituir a família que adotou o Campus Universitário da Unesp, como sua moradia permanente. |
Aqui, a presença do Ambientalista Oronço Fleury da Costa, entrevistado pela Repórter e Produtora do Programa "Fronteira do Brasil" (HD), Vivian Padovan. O assunto teve a mais ampla repercussão. |
Urutau, Jurutago ou Urutago é um das espécies de aves ou pássaros raros. É classificada na categoria de aves da mitologia folclórica, tidas como “donas da noite”. Com voos corujantes não ouvidos por seres humanos é também conhecida por “Ave fantasma” ou “Mãe da lua” pelo seu canto triste e até melancólico. No Dicionário Aurélio não existe a menor referência sobre essa ave.
A Ong Ambiental Asedema, sediada na cidade de Álvares Machado (sob a coordenação do ambientalista Oronço Fleury Costa), desenvolve o monitoramento e preservação dessas e outras aves na região de Presidente Prudente. Há mais de 8 anos se estuda o modo de vida dessa ave, através de cadastramento de dez casais, em função da interação da comunidade urbana com esse projeto. A migração é atribuída principalmente ao elevado índice de desmatamento que vem ocorrendo nos últimos anos, conforme relatório de qualidade ambiental da Secretaria do Meio Ambiente.
Com a destruição de seu habitat natural – cujo desmatamento ocorreu com uma incidência de 99,2% no município de Álvares Machado - as aves (incluindo o Urutau), buscaram refúgio em remanescentes florestais mais próximos. E a escolha foi o Campus da Unesp em Presidente Prudente, que é dotado de uma arborização diversificada com árvores silvestres e frutíferas. Além disso, conta com excelente iluminação, que atrai insetos aos milhares, tornando-se fácil sua captura como fonte de alimentação para as aves noturnas.
Pelas informações do Fleury Costa à Repórter Vivian Padovan (Produtora do Programa Fronteira do Brasil/HD), a fêmea do Urutau põe apenas um ovo, que é chocado no ninho existente na ponta dos galhos de árvores secas pelo macho. Como defesa, a ave tem que enfrentar os predadores naturais de pequeno porte durante o dia, representados por cobras e gaviões. À noite, o maior perigo é representado pela perseguição feita pelas Corujas que vivem nas imediações.
No “mimetismo” a ave tem a capacidade de se camuflar como defesa natural, com sua cor acinzentada que mais se parece com tronco de madeira, ou o prolongamento de um galho seco. Além disso, conta com um “olho mágico”, equivalente a uma fenda sobre os olhos demonstrando estar fechados; porém, consegue enxergar e desenvolver um vôo rápido e inesperado, para se livrar do ataque desfechado pelos predadores.
Fleury, o dirigente da Ong Ambiental Asedema explica que a espécie animal conhecida por “Urutau” foi a escolhida para o monitoramento e preservação, devido ao fascínio que a mesma exerce sobre o homem. Diz ele que são inúmeros os casos, lendas, poesias, estórias e contos do folclore brasileiro envolvendo aves noturnas como o Urutau, o que justifica plenamente a necessidade de sua preservação no meio ambiente
muito legal..parabens
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