As "sacolinhas plásticas" que se tornaram comuns desde longa data, foram abolidas de uso no início desta semana e já estão gerando polêmica entre os que aceitaram a proposta da Associação Paulista de Supermercados - APAS - e os que se sentiram prejudicados com a exigência de nova prática, representada por caixas de papelão, sacolas biodegradáveis, ecológicas ou sacolas de lona. Daí a pergunta: elas trouxeram vantagens ou desvantagens? A primeira resposta seria o respeito à Legislação Ambiental, uma causa nobre que exige a compreensão e colaboração de todos.
Mas, conversando com um fabricante de embalagens plásticas fomos informados que as sacolas biodegradáveis colocadas à venda em muitos Supermercados com custo equivalente a R$0,19 não passam de uma exploração do consumidor, pois custam apenas a metade do preço. Pelas sacolas extintas, eles pagavam preços normais. E agora estão cobrando pela nova embalagem. Ao mesmo tempo a deliberação abriu condições para que os fabricantes de sacolas de lona ou papel vegetal sob a denominacão de sacolas ecológicas, possam ganhar dinheiro comercializando seus produtos ao preço de R$2,00 a R$2,99 por unidade.
O pior mesmo é que a abolição das sacolinhas plásticas tirou de circulação centenas de adolescentes que trabalhavam como "empacotadores" ou auxiliares de caixas no acondicionameno das mercadorias ou ajuda na remoção das compras até os veiculos nos estacionamentos. A Fundação Mirim de Presidente Prudente que participava ativamente desse esquema de trabalho, agora não sabe o que fazer para dar ocupação aos garotos prestadores de serviços nos Supermercados. No total de assistidos pela instituição, são 220; dos quais, 80 com idades entre 16 a 17 anos e 11 meses, que eram mobilizados para esse tipo de serviço.
Pelas informações que recebemos de fonte fidedigna existem em Presidente Prudente inúmeras indústrias dedicadas à reciclagem de material plástico, produzindo e fornecendo sacolinhas aos Supermercados. Em 2011 chegaram a produzir 1 milhão de toneladas de plásticos por mês, transformados em sacolinhas e outros produtos destinados à embalagens. Algumas dessas indústrias não têm ainda uma definição sobre seu futuro, mesmo porque reciclagem de papel, aqui não existe. Só material plástico, que deveria contar com incentivo através de redução nos custos operacionais, de energia elétrica, impostos e outros encargos.
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