Até quando as "Sibipirunas" vão predominar na arborizaçao das cidades ?

Duas personalidades ligadas ao Paisagismo e ao Reflorestamento na região de Presidente

Prudente: os Srs. Antonio Sartori e José Alberto Pereira Mangas Catarino.

        As "Sibipirunas" predominam na arborização de inúmeras cidades. Mas algumas delas
      estão acarretando problemas. Em Pres.Venceslau as variedades saudáveis são sinalizadas
       por não danificar calçadas. As demais que estejam condenadas devem ser erradicadas.
                                                        

• Planta brasileira originária da mata atlântica, a "Sibipiruna" também conhecida por Sebipira (caesalpinia pheltophroides), é uma espécie de leguminosa de grande porte que se desenvolve muito rapidamente, ganhando altura e engrossando seu tronco fixado à terra. Esse aspecto - embora produza boa folhagem e proteção contra o sol - começa a trazer problemas para inúmeras cidades que a adotaram nos projetos de arborização urbana. Há árvores que alcançam até 20 metros de altura ou mais; e seu tronco gigantesco começa arrebentando calçadas. Enquanto isso, galhos e folhagens também se despreendem durante os fortes ventos, caindo sobre a rede elétrica e provocando interrupção e danos materiais, bem como risco à segurança dos moradores. Presidente Venceslau foi a primeira cidade a se preocupar com o problema e está "sinalizando" as árvores (saudáveis) que não devem  ser erradicadas ou substituidas por outras espécies.  

Conversamos com alguns entendidos no assunto e segundo nos disse o Sr.Antonio Sartori, empresário dedicado ao paisagismo com inúmeros serviços prestados à comunidade regional, as "Sibipirunas" não são plantas ideais para os projetos de arborização. Por isso, ele sugere que as árvores que estiverem condenadas ou ofereçam risco à população, sejam substituídas por "Oiti" ou "Canelinha". Já o ex-prefeito e especialista em reflorestamento, José Mangas Catarino (de Presidente Venceslau) recomenda o plantio de "Unha de vaca" ou "Aroeira Salsa". Ou então, algumas espécies nativas que possam se adaptar à região e alcancem no máximo cinco metros de altura. Um dos fatores positivos da Sibipiruna é representado pela absorção do dióxido de carbono emitido pelos veículos, ajudando a preservar o meio ambiente e amenizar os efeitos do aquecimento global para a conservação da biodiversidade.    

Em Presidente Prudente falamos com a Secretaria do Meio Ambiente, onde uma Assessora do Secretário Fernando Luizari nos disse que existe no município um Plano de Arborização, criado recentemente para vistoriar e avaliar todas as árvores que ofereçam risco à segurança dos moradores; e possam ser erradicadas e substituídas por outras espécies. Não existem dados estatísticos atualizados, mas pelos cálculos há mais de 70 mil árvores em toda a cidade. Qualquer árvore está sujeita a cair; tudo depende das condições de sustentabilidade. Aquelas que apresentarem problemas ou estejam em condições de perigo, serão substituídas. Sibipiruna não representa a maioria - diz a Assessora - e na reposição, recomenda: Oiti, Ipê, Canelinha, Ficus ou Aroeira Salsa, cujas mudas são fornecidas pelo Horto Florestal a todos os interessados.