semana p/R$0,39 o kg. É a Super-safra que favorece o consumidor, em prejuizo do produtor.
Nesta semana foi a vez do Tomate rasteiro que já esteve a R$3,00 o kg (ou mais); mas devido
à sua grande produção regional sofreu baixa acentuada chegando ao mínimo de R$0,88 o kg.
- Parece inacreditável! Mas os preços atuais sofrem oscilações constantes, principalmente em se tratando de culturas regionais. O exemplo disso pode ser dado por dois produtos da agricultura nos dias de hoje: a Melancia e o Tomate. Para quem cultiva a terra, arca com o pesado ônus dos encargos sociais, fertilizantes, custo de mão de obra para a produção e manutenção das áreas de plantio, colheita, transporte e repasse aos revendedores, o que se recebe é insuficiente. É "pagar para trabalhar e produzir", considerando os últimos preços cotados para a venda de Melancia (a R$0,39) e o Tomate rasteiro (a R$0,88) o kg. Considerando o lucro do revendedor, o que sobra para o produto? E não é só isso: em todo Supermercado existe algum tipo de promoção e a "Feirinha" é o que mais chama a atenção da clientela, principalmente pelas ofertas em hortifrutigranjeiros.
Além da Melancia e do Tomate é comum durante o período de safra a venda a preços irrisórios de frutas e verduras. A Beringela como exemplo foi vendida na última semana ao preço de R$0,39 o kg; o Limão também ao preço de R$0,59 o kg; Batatinha Inglesa a R$0,78 o kg. A Laranja está sendo vendida a R$0,58; Tangerina a R$1,58, Mamão Formosa a R$1,49, Chuchu e Abóbora-moranga a R$0,79 o kg e Alface crespa a partir de R$0,98 o maço. Em compensação, há produtos fora de época que custam um absurdo: Maracujá azedo a partir de R$4,45 o kg; Manga a R$2,99 e Caqui R$3,98 o kg.
Se você fosse produtor rural, estaria de acordo com essa política de preços? Na verdade, o interesse do consumidor é pagar sempre menos. Mas é preciso entender que além da vantagem de ser consumidor é preciso também pensar no produtor. O que não é justo é sacrificá-lo de uma vez por todas, a fim de favorecer grupos intermediários, porque sem ele, não temos a quem recorrer. Perguntamos ao ex-produtor rural Pedro Akiyama (que foi o Rei da Melancia), o que ele faria numa situação dessas. E a resposta foi categorica: "deixaria de produzir e abandonaria a atividade rural, como aliás já o fiz há algum tempo".
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