A "Velha Guarda" perde duas de suas maiores expressões: Maestro Zito de Oliveira e Zezé Barbatto

José Alcântara de Oliveira Filho - Maestro Zito - ao lado do Maestro Jotacê numa de suas últimas fotos. Logo em seguida, José (Zezé) Barbatto: duas das maiores expressões da música da "Velha Guarda". Ambos, desaparecem aos 80 anos de idade e são lembrados pelas serestas e pelo Programa " Bau de recordações".

• A música da "Velha Guarda" já não é mais a mesma. Para os saudositas existiram a partir da segunda metade do século passado grandes expressões como: compositores, músicos, cantores, diretores musicais, empresários e seguidores. Artistas famosos do Rádio, do Cinema e da Televisão passaram por aqui; e sempre foram bem acolhidos e acompanhados em suas apresentações públicas, graças à existência de excelentes músicos. Dentre eles, o Maestro Zingar, o Maestro Zito de Oliveira e o consagrado cantor, percussionista e apresentador, Zezé Barbatto. Todos eles, partiram para a Morada Eterna e como dizem seus familiares, amigos e admiradores: já deixam saudades...

O Maestro Zito de Oliveira, cujo nome de batismo era: José Alcântara de Oliveira Filho veio da Bahia há mais de 50 anos para trabalhar com seu irmão Valdir, na cidade de Presidente Venceslau. Lá existia um Programa de Calouros na Emissora pioneira de AM, a ZYH-7. José Alcântara (Zito) era um iniciante como violonista que se apresentou como candidato e sagrou-se vitorioso. Como prêmio recebeu uma lata de Goiabada que era o brinde oferecido pelo Patrocinador. Porém, foi aí que ele teve sua primeira oportunidade de se revelar como músico - sem instrumento - que recebeu  como doação após sua brilhante atuação no Programa da Rádio. Desde então, começou a fazer parte do Regional da Emissora. E por coincidência, após alguns anos da Rádio Presidente Prudente - que era filial de Venceslau - ele foi convidado a dirigir o Conjunto Musical criado pela ZYR-84, onde teve também atuação destacada no decorrer dos anos, incluindo sua  própria Orquestra "Sambalanço", que lhe deu popularidade e prestígio.

José Barbatto (Zezé), nascido em Matão/SP veio para Presidente Prudente em 1943. Depois de trabalhar em várias empresas do setor gráfico, ingressou no Rádio como Locutor e Apresentador em 1962, tendo substituído o humorista e animador Hélio Athia num Programa da Rádio Comercial AM. Em seguida, transferiu-se para Rádio Difurosa - A Voz do Sertão - como Narrador de Jornais Falados. Criou o Programa "Bau de Recodações", posteriormente levado para a Rádio Pres.Prudente/AM em 1969. Criou também o "Noturno 84", com músicas selecionadas "Classe A" que durou 14 anos. Teve atuação destacada nos Programas de Serestas; e como todo principante fez sua estreia como Calouro. Revelou-se como intérprete da MPB e se fazia acompanhar de Conjunto Regional ou Orquestra. Mas suas apresentações chamavam a atenção pelo Pandeiro que utilizava, tornando-se exímio percussionista.

Zezé Barbatto marcou sua passagem pela história musical de Presidente Prudente e região, atuando por muitos anos como "Crooner": ao lado de Nego e sua Orquestra, Conjunto de Ritmos de Ferdinando Roque e Night and Day (Conjunto formado por Joaquim e Zito de Oliveira). Formou Trio com Agnelo e Pedro Chagas. Cantou ainda com acompanhamento de Jamil Caran, Humberto Marinelli e Ivan Tedros (violão), Fiori (Acordeon) e Conjunto de Serestas de Domingos Bongiovani.

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