Ari Florentino da Silva é da família. |
Aos 100 anos, entra para a história. |
Seo Chiquinho:50 anos como Taxista. |
O passado é sempre gratificante. Seo Chiquinho é viúvo pela 2ª vez. |
Seo Chiquinho com a filha única. |
Apagando velinhas do Centenário. |
100 anos bem vividos com a família. |
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Homem simples, porém, generoso e dedicado ao trabalho no exercício de uma profissão que o qualificou como um verdadeiro exemplo de bondade e desprendimento, Francisco Camêlo de Freitas (Seo Chiquinho para os mais íntimos), recebeu as mais expressivas homenagens pelos 100 anos de vida. A festa aconteceu no último final de semana, numa Estância de Presidente Prudente, onde estiveram reunidos todos os seus descendentes e alguns amigos. O homenageado é morador na cidade desde os anos da década 50, quando aqui chegou, trazendo toda a mudança, a mulher e os filhos, num caminhão Ford 46 que ele mesmo dirigia. Dos filhos que o acompanharam na viagem - incluindo a filha única Cleonice - dois deles vieram a falecer posteriormente; e o mais novo (Nabor) nasceu nesta cidade, no mês de Junho de 1952. A história de ''Seo Chiquinho" vai fazer parte de um Livro a ser lançado em breve, tendo por titulo:"Pedaços de Mim". O autor é o Presidente da Academia Venceslauense de Letras/AVL, Ari Florentino da Silva.
O Escritor nos informa em primeira mão que o Livro que já se encontra nos retoques finais. Conta experiências de vida de pessoas e de famílias que passam por este mundo e tem histórias para recordar. O saudoso avô materno do autor, Sérgio de Aquino Moura falava muito bem do "Chiquinho" - Francisco Camêlo de Freitas - um Taxista da cidade de Presidente Prudente. Era um parente distante, conterrâneo do nordeste brasileiro e pessoa enorme na estatura, tal qual o seu mavioso coração."Chiquinho era citado como um verdadeiro exemplo de homem. Ao inserir suas produções nesse livro, presto-lhe uma modesta homenagem. Numa das paredes de sua casa, vários quadros caprichosamente elaborados por ele, mostram o carinho e um pouco da admirável pessoa que ele é" - diz o Autor do Livro.
No relato do ex-Taxista, um gesto de generosidade humana, reconhecido e divulgado na época; e agora merecendo nova reprodução no momento em que a figura envolvida comemora festivamente seu Centenário de Nascimento. A carta assinada pelo Sr. José Nogueira, publicada num Jornal de Curitiba em 1972 e reproduzido aqui pelo O Imparcial diz: "Embora nunca nos tenhamos encontrado, sou lhe devedor, assim como toda minha família, de uma dívida de gratidão motivada pela atitude generosa e cavalheiresca à minha filha Amélia Vieira Espíndola e ao meu netinho Francisco José, quando em princípios de Dezembro passado transitavam por essa cidade, procedentes de Campo Grande com destino a Curitiba. Minha filha tencionava procurar um casal amigo nessa cidade; os quais entretanto, tinham viajado para São Paulo. Diante do inesperado ficou desorientada e sem saber como fazer para continuar a longa viagem, pois encontrava-se com um filho pequeno nos braços, bagagem na calçada e sem uma pessoa conhecida para ajudá-la"...
Prossegue o missivista, referindo-se ao Taxista: "Foi então que o Sr. que a conduzira em seu carro até a residência mencionada, teve um pressentimento e retornou ao local, oferecendo-lhe sua casa, onde foi acolhida com alegria por sua esposa e filhos, encontrando naquele lar modesto, feliz e honrado atenções e solidariedade cristã que muito a confortaram, tendo Amélia convivido com sua família o dia todo, até o momento do embarque à noite. Tudo sob seus cuidados e atenções como um homem honrado e digno chefe de família. Atitudes como essa, Sr. Francisco, enobrece sua classe e faz com que tenhamos mais confiança nos nossos semelhantes, pois felizmente ainda há muita gente boa nesta época materialista. Faço votos para que o seu exemplo se frutifique entre os seus colegas de todo o Brasil, classe que conta em seu meio de trabalho, com maioria absoluta de homens trabalhadores e dignos chefes de família" - finalizou.
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