Uma nova ala está sendo construída p/melhor atendimento da comunidade. |
O HOSPITAL CONTA COM EQUIPES MULTIDISCIPLINARES E ATENDE CERCA 200 PACIENTES.
Juiz da 2ª.Vara da Família - desde o ano de 2002 - o Dr.Fernando Florido Marcondes manifestou que o Interditado não pode ser tratado como "lixo humano"... |
O Sr. Walter Luiz Ricci responde pela Ass.Assistencial Bezerra de Menezes. |
PLANOS E POLITICA DE SAÚDE" - SÃO DECLARAÇÕES DO DR.FLORIDO MARCONDES.
em 04 de Maio de 1951 para atender toxicômanos e doentes mentais. Atualmente tem 110 pacientes. O Hospital mantido pela Assoc.Regional Espírita de Assistência, situa-se à R.Benedito Franco,200/Itapura I.
Os Hospitais Psiquiátricos estão enfrentando uma de suas difíceis jornadas, voltadas ao atendimento de pessoas em situação de vulnerabilidade e risco social com transtornos mentais. Tudo é consequência da situação dramática em que vive a população brasileira, devido à condição de insolvência e outras dificuldades. O resultado é que de um total de três Hospitais Psiquiátricos aqui existentes - sem fins lucrativos - apenas dois estão tentando sobreviver: o Allan Kardec (com 110 pacientes) e o Bezerra de Menezes, que com o fechamento do antigo Sanatório São João, recebeu uma leva de 38 novos pacientes num total aproximado 200 internos, entre toxicômanos e doentes mentais. O Presidente da Associação Assistencial "Adolpho Bezerra de Menezes",que mantém o Hospital Psiquiátrico em funcionamento desde 1975 é o Sr.Walter Luiz Ricci. Ele preside a Instituição há mais de 8 anos e declara que necessita do apoio da comunidade para manter o Hospital Psiquiátrico em funcionamento. Principalmente agora que acaba de receber novos pacientes provenientes do Hospital São João, em consequência do seu fechamento. Isto - diz o entrevistado - passa a representar mais um ônus para o Bezerra de Menezes, que está realizando obras de ampliação. E agora, além de atender cerca de 200 pacientes, aumentam os encargos com obras de ampliação e emprego de aproximadamente 200 funcionários dedicados à assistência através de convênio com o SUS.
Em busca de melhores esclarecimentos, conversamos com o Dr.Mário Coimbra, que responde pelo Ministério Publico Estadual/MPE na Comarca de Presidente Prudente. Elaboramos 8 perguntas, que ele respondeu prontamente, dizendo que "endividados, muitas Hospitais como o São João fecharam suas portas, pela denominada crise financeira, planificada pelo Governo Federal. Consequência: não há apoio governamental ao funcionamento de Hospitais Psiquiátricos. Planta-se na comunidade a ideologia de que os CAPS e leitos em hospitais gerais serão suficientes para propiciar o melhor tratamento aos deficientes mentais. No entanto, esses equipamentos alternativos funcionam precariamente". Acrescenta o Dr.Coimbra, que em muitos casos, há apenas uma equipe trabalhando, de forma que a demanda é excessivamente superior à capacidade laboral dos Técnicos. Assim, muitos agentes ficam liberalmente doentes e não conseguem dar um tratamento de qualidade aos portadores de transtorno mental, ou dependentes químicos.
Na entrevista, o representante do Ministério Público Estadual afirma que os Hospitais Allan Kardec e Bezerra de Menezes estão em condições de aprimorar seus serviços, de forma a atender a demanda hospitalar com a inserção, inclusive de terapêuticas alternativas com custos muito menores dos equipamentos preconizados pelo Ministério da Saúde. Ressaltou que o MPE vem trabalhando desde 2013 para sensibilizar os gestores do caos que está gravitando em torno da saúde mental. E alertou: "podemos ter cracolândia em Presidente Prudente; e muitos moradores de rua com sequelas mentais, em face da omissão do Gestor Público de Saúde. Infelizmente, com a política pública aprovada pelo Governo Federal - com o apoio do Governo Estadual - não atende às necessidades dos pacientes, havendo necessidade de um amplo investimento. O que dificilmente ocorrerá, com a crise que gravita sobre as finanças públicas. A Judicialização no caso, é o único meio que resta ao Ministério Público. Mas não é o melhor caminho. Aliás, não resolve a questão".
Enquanto o Juiz titular da 2ª.Vara da Família, Dr. Fernando Florido Marcondes acentua que "o interditado não pode ser tratado como lixo humano e nem prescindido da dignidade que lhe é inerente e indissociável, o Estado não só tem o direito, mas a obrigação de criar e desenvolver planos e política de saúde", o Dr.Mário Coimbra - do MPE - acrescenta: "o que chama a atenção é o caos que está denegrindo o SUS. Se o SUS físico não está funcionando bem, o SUS mental está na U.T.I. O descaso com o paciente mental no Brasil, chega a ser revoltante"...
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