Telegrafista fez carreira brilhante nas ferrovias, chegando à Chefia e Inspetoria de Estações !

HÁ MAIS DE 70 ANOS, PRUDENTE RECEBIA UM NOVA ESTAÇÃO DA ESTRADA DE FERRO SOROCABANA.

Aparecido A. Ribas: Ex-Telegrafista.

A Estação de Presidente Prudente

Relembrando os bons momentos.

Painel exposto atualmente, lembra a Estação da EFS na década de 1940/44.

             UMA ESTAÇÃO QUE TEM HISTÓRIA, MAS QUE POUCOS HABITANTES TÊM CONHECIMENTO.

Ribas: Peças importadas da Inglaterra fizeram parte desse Acervo histórico.

      O TRÁFEGO FERROVIÁRIO FOI INTENSO POR MUITOS ANOS. MAS TERMINOU NO INÍCIO DE 1999.

Enquanto predominou o transporte ferroviário, Prudente estava na 1ª linha.

 Francisco Fernandes, Diretor/Procon.

O que restou da antiga ferrovia: apenas alguns prédios e vagões sucateados 

O Relógio que orientou os passageiros que chegavam ou saiam de Presidente Prudente rumo à Capital e vice-versa, agora é peça de museu. A entrega foi feita ao Prefeito Milton Carlos de Melo, juntamente com o Secretário de Cultura, Fábio Nougueira. A peça já faz parte do Acervo do Centro Cultural Matarazzo.
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Aparecido Albetini Ribas (nascido em Março de 1940 em Palmital/SP), cursou Escola de Telegrafia entre 1954/55 e veio para Presidente Prudente, onde exerceu importantes atividades como Auxiliar de Estação. Depois, fez um curso de formação de transporte, qualificando-se como Telegrafista e Serviços burocráticos (Letras:A, B e C). Foi assim que ele ingressou na Estrada de Ferro Sorocabana - EFS - em Março de 1956. Na época, a Estação Ferroviária de Presidente Prudente era uma das importantes do interior de São Paulo e o serviço telegráfico era prioritário, pois atendia uma extensa região, sendo também o único meio de comunicação imediata. Uma das equipes, com 6 telegrafistas e 2 dedicados ao rádio faziam parte desse Departamento, recebendo ou enviando telegramas. Em 1965, Ribas fez um curso de Chefe de Estação, sendo promovido para atuar em diversas localidades. Entre as quais, o Ramal de Dourados, Espigão, e o trecho Presidente Epitácio até Canitar, nas proximidades de Ourinhos. Depois, Bebedouro que foi sua 1ª Estação de nível mais alto em 1975, de onde se transferiu para Presidente Prudente na condição de Chefia e Inspetoria de Estação. Esse trabalho se desenvolveu no decorrer dos anos até alcançar sua Aposentadoria em Março de 1990.

Os trens que circulavam pela região estavam sempre lotados. Tanto o BG, Misto e os trens de passageiros: Ouro Verde, Ouro Branco, Luxo e Superluxo faziam o tráfego  de pequeno ou longo percurso, transportando passageiros. Não faltando, vagões dormitórios especialmente reservados com leitos, restaurantes, Correio e Trem Pagador.  Ao mesmo tempo os trens de carga eram mobilizados com resultados promissores; desde o transporte de mercadorias, produção agrícola e abastecimento geral do comércio e indústria. Por sinal, houve uma fase de grande desenvolvimento que exigiu a construção de terminais de acesso para recebimento ou entrega de produtos industrializados, frigoríficos ou empresas distribuidoras de petróleo. Madeiras, boiadas e até mesmo o transporte de veículos (Auto Trem), tinham vagões especialmente reservados, desde a EFS à FEPASA e depois por concessão federal, a América Latina Logistica - ALL - Ferroban e RUMO ALL. Publicação do Sindicato da Sorocabana diz que "a privatização e concessão foram feitas sob promessa de modernização. O que era instrumento de desenvolvimento para todas as regiões do Estado, se tornou instrumento de especulação e lucratividade de poucos, para muitos poucos".

O ex-telegrafista, ex-chefe de estação e inspetor, Aparecido Albertini Ribas acentua que a Estação Ferroviária de Presidente Prudente foi uma das mais movimentadas do Estado. Recebia milhares de passageiros, cargas e encomendas. Cada vagão transportava 80 toneladas. Os guichês de 1ª e 2ª classes, passes e leitos empregavam muitos funcionários para dar conta do recado. Entre 1956/60, a FEPASA registrava um recorde de produtos transportados, classificando Presidente Prudente entre as 10 maiores do Estado. O número de tanques mobilizados para o transporte de gasolina e diesel para os terminais petrolíferos, chegava em média a 700 vagões por mês. Outros dados expressivos indicam o transporte de cimento, cal e materiais de construção - em grande quantidade - além da produção industrial. A Ferrovia disponibilizava 4 caminhões para entrega de mercadorias consignadas a esta região. E um aspecto mais importante: O Trem Pagador circulava todos os meses. Tinha apenas um policial na segurança e nunca foi assaltado. Os pagamentos aos ferroviários eram feitos em dinheiro  - acentuou Ribas. Ele é casado em 2ªs núpcias com a Sra.Maria do Carmo,  tem dois enteados, quatro netos e um bisneto.   

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