Em Pres.Prudente no dia 25/10/1975. Livro de Audálio veio 38 anos depois. |
Nesta 2ª e últma visita a Presidente Prudente, o Jornalista e Escritor Audálio Dantas cumpriu extensa programação cultural e familiar. |
Na visita ao Jornal O IMPARCIAL, Audálio concedeu entrevista e falou com o saudoso Geraldo Soller. |
O Roteiro seguinte do nosso convidado especial envolveu o Centro Cultural Matarazzo, IBC-Centro de Eventos- Museu Histórico Municipal, Calçadão da Maffei e Parque do Povo.
No IBC-Centro de Eventos- realização do 4º Salão do Livro c/Audálio Dantas |
Aqui começa o "Papo de Autor" |
No Salão do Livro - no IBC - foi grande a procura pelo novo lançamento:"As duas guerras de Vlado" que dentre outros, conquistou dois importantes Troféus: Juca Pato e Jabuti/2013
Audálio Dantas deu mostras de prestígio e popularidade por sua atuação destacada na imprensa brasileira. Ele começou na FOLHA, década de 1950. |
No áuge de sua carreira profissional, Audálio Dantas recebeu da ONU o Prêmio de Defesa dos Direitos Humanos, além de muitas condecorações, homenagens e outros títulos honoríficos.
Ao grande Jornalista e Escritor, Presidente Prudente tributou seu reconhecimento pela sua obra literária e também por sua atuação como Presidente do Sindicato e Federação Nacional dos Jornalistas Profissionais, além de Deputado Federal pelo MDB. Foi ele a principal voz a denunciar a tortura e a execução de Vladimir Herzog em 1975. ------------------------------------------------------------
Audálio Ferreira Dantas, Alagoano de Tanque D'Arco, nasceu no dia 08 de Julho de 1929. Ingressou na carreira jornalistica em 1954 como Repórter da "Folha da Manhã" (transformada posteriormente em Folha de São Paulo). Depois atuou em várias Revistas de circulação nacional, como: O Cruzeiro, Quatro Rodas, Realidade, Veja e outras. Como Jornalista foi eleito Presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo no período de 1975 a 1978. Depois elegeu-se na década de 1970 como Presidente da Federação Nacional/FENAJ e Deputado Federal (MDB-SP). Seu 1º contato com a região de Presidente Prudente foi em 1975, exatamente no dia em que o Chefe de Jornalismo da TV Cultura, Vladimir Herzog foi executado nas dependências do DOI-CODI em São Paulo. Audálio Dantas falava aqui sobre "Liberdade de Imprensa" numa palestra que pronunciou a convite da Associação Prudentina de Educação e Cultura/APEC, quando recebeu a noticia por telefone. A partir daí se mobilizou usando todas as forças disponíveis para provar que não foi o "suicídio" que levou Herzog à morte, o que ficou comprovado anos depois graças à atuação do Presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo, junto à Comissão da Verdade. Tudo isso resultou num testamento publicado nas 406 páginas do Livro "As duas guerras de Vlado", de autoria do Jornalista e Escritor Audálio Dantas. Seu 1º relato em 1975, cita Presidente Prudente como referência inicial às paginas 224 e 225.
Audálio Dantas se notabilizou pelo seu 1º trabalho profissional ao revelar a figura humana de Clementina Maria de Jesus, uma favelada do Canindé/SP que escreveu um diário transformado em livro com a denominação de "Quarto de despejo". A obra literária repercutiu tanto, que se transformou num "best seller" com 13 versões em outros idiomas. Depois vieram novos títulos, como: O Circo do desespero; Tempo de luta - Reportagem de uma atuação parlamentar; O chão de Graciliano; O menino Lula; Tempo de Reportagem e logo a seguir: "As duas guerras de Vlado" com premiações através dos Troféus Juca Pato e Jabuti. Além disso, recebeu da ONU, o Prêmio de Defesa dos Direitos Humanos em 1981 por seus trabalhos voltados às questões sociais.
Em sua última passagem por Presidente Prudente em 2013, Audálio Dantas fez questão de visitar a Redação do Jornal O Imparcial, onde bem recepcionado por Diretores, Redatores e Repórteres, oportunidade em que concedeu entrevista. Da mesma forma, quiz abraçar pessoalmente ou enviar suas congratulações aos principais colunistas do Jornal. Entre eles, Barbosa da Silveira, Sinomar Calmona e o saudoso Geraldo Soller. Depois percorreu vários pontos da cidade, conversou com membros da comunidade e proferiu palestra na UNIESP. Participou do 4º Salão do Livro no IBC - Centro de Eventos, visitou as dependências do Centro Cultural Matarazzo e no último dia de visita fez questão de conhecer pessoalmente a Feira-Livre da Avenida Manoel Goulart, onde conversou com vários feirantes.
A morte de Audálio Dantas (aos 88 anos de idade), vítima de um câncer que o acometeu desde 2015 comoveu o Brasil inteiro. Particularmente os meios de comunicação que deram ampla cobertura ao triste acontecimento. Velado na sede do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo, teve seu corpo cremado no Cemitério de Vila Alpina na Capital do Estado. O Instituto Vladimir Herzog divulgou a seguinte nota: "Em defesa do Estado de Direito, da verdade, da Justiça e da memória do amigo que acabara de ter a vida interrompida, Audálio enfrentou os poderosos do momento e exigiu que a morte de Herzog fosse esclarecida. (...) Audálio foi testemunha e protagonista, escreveu a História e nela foi inscrito".
NOTÍCIA EM TEMPO REAL - Para se atualizar, acesse o Twitter: www.twitter.com/altinocorreia
Nenhum comentário:
Postar um comentário