quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

56 anos depois de sua morte trágica, é reverenciada a memória de Florivaldo Leal, ex-Prefeito de Presidente Prudente !

Diante do Paço Municipal e da Estátua de "Florivaldo Leal", o Toque de Silêncio por um Policial Militar do 18º BPM-I, como prenúncio de homenagens ao ex-Prefeito de Presidente Prudente, morto  de forma traiçoeira no dia 21 de Dezembro de 1965 por um ex-Servidor Municipal.  
    Nas comemorações "in memorian" do ex-Prefeito Florivaldo Leal, presença de sua irmã Flora Leal Filizzola que também representou todos os seus familiares em ato público realizado pela 1ª vez em 56 anos de existência da cidade e comarca de Presidente Prudente. -  Fotos: Ive Caroline/SECOM - 
Diante do Paço Municipal e do monumento em homenagem aos 56 anos da morte trágica de Florivaldo Leal, autoridades civis e militares, representantes da Câmara Municipal e amigos do ex-Prefeito marcaram presença no último fim-de-semana, juntamente com a Sra. Flora Leal Filizzola.
   Uma coroa de flores foi depositada aos pés do monumento e ao lado do Paço Municipal "Florivaldo Leal" como homenagem póstuma ao jovem Prefeito de apenas 36 anos, vítima da agressividade de um ex-Servidor Municipal em 1965 na cidade de Presidente Prudente.
      As homenagens que aqui se desenvolvem tiveram  por principal objetivo o reconhecimento às personalidades com atuação destacada nos anos da década 60. Florivaldo Leal em 1964 recebeu a mais expressiva votação para governar o município durante quatro anos. Mas a fatalidade o impediu.
    Nos dias atuais, Florivaldo Leal é o Patrono do Paço Municipal - sede administrativa da Prefeitura - tendo uma Estátua em sua homenagem, localizada na Esquina da Avenida Cel.José Soares Marcondes com a Rua Tte.Nicolau Maffei, no Centro da cidade. Flores "in memorian" !                                                                                                          ----------------------------------------------  
  O  dia 21  de  Dezembro  entrou  para a história de Presidente Prudente como uma data trágica, 
quando em 1965 foi traiçoeiramente morto o então Prefeito Florivaldo Leal. Embora  eleito  para
um período de quatro anos, ele governou por menos de dois anos, isto é de 01 de Janeiro de 1964 até 21 de Dezembro de 1965. Para representar a família enlutada, foi apenas localizada a Sra. Flora Leal Fillizola, irmã de Florivaldo. Neste final de ano, as homenagens ao extinto - junto ao monumento e ao lado do Paço Municipal que tem o seu nome - se resumiram num cerimonial simples com a presença de Autoridades Civis e Militares, Vereadores, convidados e amigos mais íntimos da família do ex-Prefeito. Em  termos de cobertura, destaque especial para o Jornal O Imparcial, TV Fronteira, Portal Prudentino e outros meios de comunicação.  O enfoque final foi destinado à à irmã do saudoso Governante Municipal (Sra.Flora Leal Filizzola), que nas homenagens póstumas ressaltou sua vivência e convivência com Florivaldo Leal. "Ele fez muita coisa e não poderia ter acontecido esse caso com ele, que falava sempre: Eu Amo Presidente Prudente" ! Era um rapaz cheio de vida. Fez muita coisa e não poderia ter acontecido isso com ele. Mas Deus quiz assim, e eu tenho certeza que Deus está com ele - disse. Depois, revelou que "na 1a. noite após sua posse como Prefeito, Florivaldo saiu de madrugada para revisar 17 pontes danificadas no município". 

A morte de Florivaldo Leal foi brutal: Nas proximidades do NATAL, Erotildes de Oliveira - servidor braçal da Prefeitura - se revoltou por não ter sido atendido em audiência e decidiu com o emprego de um cabo de picareta "dar fim à vida do Prefeito". Bem na porta do antigo prédio da Prefeitura, ao descer pelas escadarias e sair em direção ao automóvel que deveria conduzír para a inauguração do Cine Ouro Branco. O 1º golpe traiçoeiro foi desfechado pelas costas, acertando bem na nuca do Prefeito. Depois, no chão mais dois golpes mortíferos. E daí, Florivaldo Leal foi prontamente encaminhado ao Hospital São Luiz. Mas embora assistido por uma Junta Médica Especializada, não resistiu e acabou morrendo horas depois.   

Com relação às homenagens que ocorreram agora - pela 1a.vez em 56 anos - a Coordenadora do Museu e Arquivo Histórico de Pres.Prudente, Valentina Romeiro Flores declarou que o objetivo do ato foi preservar a memória de Florivaldo Leal. Ela justificou: Embora nascido em Presidente Prudente, foi ele o 1º Prudentino eleito com uma votação expressiva. Acreditava na modernidade, nos Esportes, na Educação e foi o idealizador do Paço Municipal e Ginásio Municipal de Esportes. É uma honra receber aqui um de seus familiares (referindo-se à presença da Sra. Flora Leal Filizzola) presente no local das homenagens. Na cobertura noticiosa de 56 anos atrás, a TV Fronteira/Rede Globo destaca: "O Jornalista Altino Correia, de 87 anos - que cobriu o fato na época pela Rádio Presidente Venceslau/AM - lembrou ao G-1 detalhes da história que já tem quase seis décadas: O Prefeito havia descido as escadarias do antigo Paço Municipal, num prédio que era conhecido como "Gaiolão" e dirigia-se ao seu carro para buscar a esposa, Dona Dionisia e juntos irem à inauguração do Cine Ouro Branco, quando recebeu um ataque traiçoeiro inesperado. Foi um fato que chamou a atenção de toda a comunidade com ampla repercussão em todo o País. Nas homenagens aqui realizadas, o Prefeito Ed Thomas e o Vice Izaque Silva foram representados pelo Sr.Jonas Martins (Chefe de Gabinete). Ele enalteceu a importância de resgatar e preservar a história de Presidente Prudente... 

O episódio seguinte diz respeito ao Julgamento do assassino de Florivaldo Leal, realizado anos depois no Fórum da Comarca (bem ao lado da Catedral de São Sebastião), que foi presidido pelo Dr. José Fernandes Rama, ao lado do Representante do Ministério Público, Dr.Luiz Alberto Tenório Zagallo e do Assistente de Acusação, Dr. Waldir Troncoso Peres. Pela defesa do acusado, atuou o Dr.João Bosco de Lima César. O assunto  polarizava as atenções de todos e o espaço destinado ao público para acompanhar o julgamento era restrito. Nessa época, chefiando o RádioJornalismo da ZYR-84 e aproveitando a amizade com o Magistrado eu o alertei sobre o impacto desse julgamento e sugerí a  transmitissão "Ao Vivo" que ele concordou prontamente. Assim, tudo transcorreu na mais perfeita normalidade e o julgamento transmitido, foi acompanhado por milhares de ouvintes, tornando-se a maior audiência até hoje na região de Presidente Prudente. No final, o acusado Erotildes de Oliveira foi condenado a cumprir pena em regime fechado. Mas posteriormente - devido à sua situação mental - teve a pena reduzida, sendo favorecido pela liberdade condicional. Não fiquei sabendo seu destino final: se está vivo ou morto !

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