terça-feira, 18 de janeiro de 2022

2021 foi um ano de chuvas escassas e consequentemente um dos períodos mais críticos da região de Presidente Prudente !

Nos últimos anos, tornou-se comum atribuir a Presidente Prudente a designação de "Cidade mais quente do Estado de São Paulo". Mas não é. Ilha Solteira lidera os registros da Mateorologia com 4 a 5 graus a mais. Veja os levantamentos produzidos pela FCT/Unesp de 1943 a 2021 sobre temperaturas. 

Comparativamente a Temperatura Mínima Absoluta também registra altas e baixas temperaturas. São dados oficiais coletados junto ao Departamento de Geografia da FCT/Unesp em Presidente Prudente. 

Nascido em Piquerobi/SP e Engenheiro Cartógrafo - formado p/FCT/Unesp - Mestre em Agronomia, Doutor em Ciências (Área de concentração em Energia Nuclear na Agricultura), o Prof.Dr.José Tadeu Garcia Tommaselli, do Departamento de Geografia da Unesp, tem vários livros publicados em periódicos nacionais, capítulos de livros, comunicações em Anais do Congresso e outras atividades na área científica e cultural. 

E as precipitações pluviométricas - como são acompanhadas ? Mês a mês, Ano a ano. Desde 1943 é o registro acima, com amplos detalhes. Graças à cooperação do Prof.Dr.José Tadeu Garcia Tommaselli.

 O período das chuvas na região de Presidente Prudente - entre 1936 e 2021- conta com registro da Meteorologia da Unesp, com dados coletados. Veja os dados comparativos e faça sua avaliação.                                                         (Matheus Meneguette colaborou na montagem desta matéria)
As precipitações pluviométricas trazem surpresas em determinados períodos do ano. Faça sua comparação e veja o que mais o impressiona. De 1943 a 2014 - e 2021 - como Ano de menor índice.  

Uma onda de calor invade o território brasileiro, começando pela região central da América do Sul. Depois da Argentina, Uruguai e Paraguai (próximos dos 50ºC), e aqui, chega aos 40ºC. Essa onda,   ao atingir nosso reduto territorial se transforma num dos fenômenos naturais, dos mais perigosos.
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Neste novo ano de 2022 que está começando, estamos enfrentando um Verão de difícil avaliação. A maioria admite que uma onda de calor intenso atinge a região central da América do Sul, fazendo com que cidades da Argentina, Uruguai e Paraguai registrem temperaturas recordes: próximas dos 50 graus. O fenômeno também repercute no Sul do Brasil, onde os termômetros já chegaram à marca dos 40 graus. Um Meteorologista declarou que "esse sistema, além de impedir a formação de nuvens de chuva proporciona que a radiação solar atinja com força a superfície terrestre. Justamente pelo padrão de ausência de nuvens. Além disso, contribui para que os ventos permaneçam de Norte sobre o interior do continente, forçando as condições de aquecimento". Entrevistado pelo JORNAL DO BRASIL, o Meteorologista Bruno Cesar Capucin afirmou que as consequências das altas temperaturas podem impactar a saúde humana pela insuficiência cardíaca, stress e lesão renal. Ele assegurou que as ondas de calor estão entre fenômenos naturais mais perigosos, sendo em alguns casos, responsáveis por óbitos em massa. O ecossistema também pode ser atingido pela onda de calor, com incêndios florestais e mortes de árvores, entre outros danos. A atual onda de calor já atinge áreas brasileiras. Especialmente no Rio Grande do Sul, na área Sudoeste do Estado. Para se proteger é preciso que a população mantenha hidratação e evite aglomerações e atividades físicas ao ar livre.

Na região de Presidente Prudente as condições climáticas vem enfrentando sérios problemas de ordem ambiental. Para isso, o Prof.Dr.José Tadeu Garcia Tommaselli - do Departamento de Geografia da FCT/Unesp - elaborou minucioso trabalho, mostrando em detalhes os índices de precipitações pluviométricas, as temperaturas (máxima, média e mínima) e a umidade relativa do ar. Assim como o percentual que envolve cada período de avaliação. É ele quem explica: "2021 foi um ano quente no comparativo histórico. Nove meses tiveram temperaturas médias acima do valor histórico. Entretanto, o que puxou a média para cima foram os valores de temperaturas médias dos meses de Setembro a Novembro, com 3,9ºC e 1,7ºC acima da média, respectivamente. O ano (2021) apresentou uma média de 0,7ºC acima da média histórica. O que representa um aumento significativo em relação aos valores históricos". Adicionalmente há que se frisar a temperatura máxima de Setembro - acima dos 40 graus - frisou o Prof.Tommaselli, que concluiu: "A percepção geral é que 2021 foi um ano bem quente. Notadamente pelas médias acima dos valores históricos, em nove meses e pela elevação de todas as mínimas absolutas do ano".     

Com relação às precipitações pluviométricas de 2021, um ano extremamente seco - se comparado à média anual histórica - cuja distribuição mensal foi atípica com meses bem abaixo do esperado. Fevereiro, Novembro e Dezembro com apenas 24%; 57% e 27% do esperado respectivamente. Essa tônica se repetiu em nove meses: Em Março e Junho as chuvas foram ligeiramente superiores aos valores históricos e Outubro com 45% acima. Enquanto o total anual (acumulado), num histórico de 79 anos - de 1943 a 2021 - com registro de 823 mm foi o valor mais baixo. Acima, apenas da marca de 1944, com 806 mm; 803 mm em 1949 e em 1959, 777 mm. O Meteorologista concluiu sua avaliação dizendo:"Todos os valores de precipitação máxima de 24 horas foram abaixo dos valores históricos. Caracterizando assim, um ano com ausência de chuvas intensas". Em termos de umidade relativa, o ano de 2021 foi significativamente mais seco que o normal. Com valores abaixo da média histórica, durante dez meses. Com isso, o valor médio anual ficou 11% abaixo do valor histórico.

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