O problema sucroalcooleiro foi um dos enfoques recentes da Reportagem
da Globo em âmbito nacional.
Rildo Herrera - da TV Fronteira - foi o Repórter escalado para realizar essa matéria,
de ampla repercussão em todo o pais.
Ele tem 38 anos de idade, nasceu em Presidente Prudente/SP e entrou no Jornalismo por acaso. Viveu boa parte de sua vida no meio ferroviário começando nas imediações da extinta Estação do Ramal de Dourados em Euclides da Cunha Paulista. Passou por várias cidades e veio morar em Presidente Prudente em 1985, onde sonhava ser Locutor de Rádio e Repórter Esportivo da Folha de São Paulo, o que o motivou a fazer Jornalismo que resultou no seu ingresso na FACOPP da Unoeste. Formado, trabalhou no Oeste Notícias como Repórter até ser contratado pela TV Fronteira há mais de doze anos - onde desempenha importantes funções - inclusive a de maior responsabiidade: Repórter de Rede, sendo escalado para realizar as matérias de maior impacto em rede nacional.
Acompanhando a carreira brilhante desse jovem jornalista, tomamos a liberdade de propor a ele uma entrevista para o blog, por considerar que a qualquer momento ele acabará nos deixando para empreender "voos mais altos". Lembramos que as reportagens que ele realiza têm sido reproduzidas nos telejornais da Globo em âmbito nacional. É o caso da matéria (que assistimos no Rio Grande do Sul) sobre o Plano Estratégico do setor sucroalcooleiro, utilizando a cana de açúcar como matéria prima essencial à produção do Etanol a ser adicionado à gasolina. E também: os elevados investmentos financeiros do Governo Federal para incentivar a expansão dos canaviais e as industrias extrativas (Usinas ou Destilarias de Álcool), com recursos do BNDES.
Mas deixemos que o próprio Repórter faça a inversão do seu papel: e ao invés de Entrevistador, seja colocado na condição de Entrevistado, respondendo às nossas perguntas:
P - Quando nasceu e onde realizou seus estudos?
Rildo - Nascí no dia 13 de Novembro de 1973 no Hospital Nossa Sra. das Graças em Presidente Prudente. Mas não morei aqui; meu pai é Ferroviário Aposentado; então residí nas proximidades de várias Estações. A primeira foi Euclides da Cunha, no Pontal do Paranapanema. De lá, mudamos para Caiuá, depois Presidente Epitácio, Rancharia e Presidente Prudente. Trabalhei em Regente Feijó e estou aqui desde 1985. Terminei o ensino fundamental na Escola Adventista e fiz o ensino médio no Cel. José Soares Marcondes, o Bosque. Fui aluno da 1a.turma de Jornalismo da FACOPP da Unoeste, que se formou em 1998.
P - Como surgiu sua vocação para a área de comunicações e onde atuou?
Rildo - Sempre gostei de Rádio. Quando criança sonhava em ser Locutor. Mas foi outro sonho: o de ser Repórter Esportivo da Folha de São Paulo que me motivou a fazer Jornalismo. Tanto é, que durante a Faculdade nunca pensei em trabalhar na TV. Depois de formado trabalhei no Jornal Oeste Noticias como Repórter, até ser contratado pela TV Fronteira. Isso já fez 12 anos.
P - Quando o telejornalismo entrou em sua carreira profissional e qual seu maior sonho?
Rildo - Antes de ser Jornalista era Ferroviário, seguindo uma tradição de família. Meu pai sempre leu e nos incentiva a ler Jornais. Aos poucos fui me apaixonando pelo Jornalismo, até que decidí cursar a Faculdade e de "trocar de trilhos" na minha vida profissional. Acho que a realização profissional é o reconhecimento. Nós Jornalistas somos contadores de histórias. Espero que no futuro, quando alguém puder ou quiser contar a minha história, que eu tenha conseguido fazer o enredo da minha vida interessante, e que tenha contribuído pelo menos um pouquinho para fazer o Brasil melhor.
P - Como Répórter de Rede (Globo), quais as matérias de maior repercussão realizadas até hoje?
Rildo - Geralmente as reportagens investigativas dão mais repercussão. A primeira mostrou um empresário tentando corromper uma Prefeita. A matéria que teve mais de 8 mnutos e foi exibida no "Fantástico" concorreu a um Prêmio Internacional de Jornalismo investigativo. A segunda mostrou o outro lado: um Prefeito extorquindo dinheiro de um Construtor. Essa foi a Reportagem que abriu uma edição do "Jornal Nacional" e também concorreu a um Prêmio interno da Rede Globo. Só lembrando que as duas foram feitas em parceria com meu produtor, João Paulo Nunes.
P - Em decorrência de seu trabalho profissional, já enfrentou algum problema?
Rildo -Em treze anos de profissão passei por algumas situações arriscadas: vários bate-bocas; tentativas de impedimento do trabalho jornalístico e até ameaças. Mas o que mais me chateou foi ter a exibição de uma Reportagem embargada pela Justiça Federal em plena democracia. Claro que depois conseguimos reverter a situação e colocar a matéria no ar. Mas mesmo em tempos de democracia, eu pude sentir como a Censura pode ferir o direito que o Jornalista tem de informar; e o que a população tem de ser informada.
P - Até onde pretende chegar, a fim de cumprir sua missão profissional?
Rildo - Gosto de contar histórias. Boas histórias. Aos poucos estou aprendendo a fazer isso. E uma das coisas que me ajudam é sempre tentar olhar para o passado, para aprender com os meus próprios erros e principalmente para observar o que Grandes Jornalistas (como o Senhor) já fizeram de bom. Para quem sabe, um dia chegar ao nível deles - finaliza o Repórter brilhante Rildo Herrera, a quem agradecemos.